Cimento e concreto inspiram produtos de acabamento

12 de dezembro de 2011

Cimento e concreto inspiram produtos de acabamento

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Com o estímulo de uma nova corrente de arquitetos, materiais estão cada vez mais presentes em pisos, tintas e até drywall

Por: Altair Santos

O cimento e o concreto estão na moda. Não só “in natura”, mas inspirando outros elementos comuns à construção civil, como tintas, pisos e drywall. Para o arquiteto Guilherme Torres, especialista em usar o cimento e o concreto em seus projetos, hoje há uma corrente bastante influenciada por esses materiais. “O conceito de se mostrar a arquitetura como ela é, aliado à neutralidade dos produtos, faz com que seja crescente a exploração do cimento e do concreto, seja na forma bruta ou usando componentes que os agreguem. Acho que por isso eles estão na moda”, avalia.

Guilherme Torres: arquiteto tem vários prêmios usando o concreto e o cimento queimado como acabamento.

No caso do drywall, por exemplo, placas cimentícias já competem com o gesso na fabricação do produto e se revelam mais resistentes. Uma das técnicas é usar o chamado CRFS (Cimento Reforçado com Fio Sintético) na fabricação deste tipo de parede. Trata-se de um material produzido com uma mistura homogênea de cimento Portland e agregados naturais reforçados com fios sintéticos.Uma das vantagens do produto é que ele pode ser usado em áreas úmidas e receber aplicação de argamassa e revestimentos cerâmicos.

Outro elemento que ganha espaço nas construções é o tecnocimento. O revestimento agrega cimentos especiais, pó de limestone (espécie de pó de pedra), pó de mármore e pó de quartzo e imita o cimento queimado. Uma de suas vantagens é que não possui juntas, pois não apresenta trincas de contração ou dilatação do material, quando aplicado sobre uma superfície sólida, sem trincas e bem aderida. Outra peculiaridade do produto é que pode ser aplicado em pisos, paredes e tetos, tanto interna quanto externamente. O produto tem espessura média de 2 mm – equivalente a de um cartão de crédito.

O cimento também é o elemento-base do Tyrolean, um acabamento intermediário entre a tinta e a argamassa. Segundo o arquiteto Guilherme Torres, a quantidade de materiais que se utilizam do cimento cresceu muito depois que foram encontradas soluções para a luminotécnica e o isolamento termoacústico do produto. “Hoje já há soluções construtivas  e também agregados que dão segurança aos projetos que priorizam a utilização de pisos e paredes à base de cimento e de concreto”, garante.

Entrevistado
Arquiteto Guilherme Torres
Currículo

– Arquiteto graduado pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (UNIFIL, 1998) e pós-graduado em MBA Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV, 1999)
– Possui um considerável número de premiações e já participou de eventos de arquitetura na Sérvia, Ucrânia, China, Estados Unidos, Grécia, Turquia, Espanha, Suíça, Itália, Alemanha, Hungria e Londres
– Divide-se hoje entre seus studios em São Paulo e em Londrina, com vários fronts de atuação, de projetos residenciais e comerciais a design de mobiliário
Contato:  www.guilhermetorres.com/contato

Crédito: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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