À prova de fogo

23 de abril de 2010

À prova de fogo

À prova de fogo 150 150 Cimento Itambé

Efeito de altas temperaturas no concreto

Créditos: Engª. Giovana Medeiros – Assessora Técnico Comercial Itambé

Fonte de destruição e progressivamente transformado em um manancial de calor, o fogo, quando descontrolado, causa pânico e assombro a qualquer pessoa. Sua ocorrência é gerada por muitos fatores, normalmente descuido ou negligência, mas sempre com impacto muito grande. No Brasil, embora estudado há vários anos, a segurança contra incêndios só ganhou impulso na área de estruturas com a publicação da NBR 14432:2000 – Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento. A norma foi atualizada e hoje está em vigor a NBR 14432:2001.

Comparadas aos demais elementos estruturais, principalmente aos fabricados em aço, estruturas de concreto possuem uma vantagem primordial que é resistir ao calor. Desta forma, em muitos projetos, o concreto é indicado para utilização como proteção passiva das próprias estruturas de aço. Determinadas estruturas em concreto são viabilizadas quando se coloca no custo o prêmio de seguro da edificação.

Embora o concreto apresente uma redução de sua capacidade estrutural quando exposto a altas temperaturas, normalmente resiste à ação do calor por um tempo considerável sem chegar ao colapso. Abaixo, a imagem de um edifício de concreto que sofreu colapso por ocasião do incêndio.

Edifício da Cesp, em São Paulo, durante incêndio.

Enquanto o aço comum derrete a 500°C, o concreto nesta temperatura também sofre danos significativos, porém com possibilidade de recuperação. Estruturas que possuem maior risco necessitam de armaduras protegidas por um cobrimento adicional de concreto, ficando assim mais isoladas.

A redução da resistência à compressão depende da taxa do aquecimento no momento do incêndio. Perdas de 20% de resistência acontecem entre 200 e 500°C e aos 700°C costumam ser perdidos 80% da resistência original. A dilatação térmica costuma levar ao lascamento da camada de cobertura das armaduras. É importante salientar que a velocidade de resfriamento, nestes casos de incêndio é sempre muito grande, pois a idéia é bloquear o fogo. Porém, esta queda brusca de temperatura pode ocasionar outros danos, em função do diferencial térmico entre as regiões resfriadas e partes internas da estrutura. Em situações de incêndio o concreto não queima, mas produz fumaça, emite gases tóxicos e promove uma barreira ao fogo.

A utilização de agregados carbonáticos costuma melhorar a resistência do concreto a altas temperaturas. Podem-se empregar também fibras plásticas ou de polipropileno que derretem e liberam espaços para o vapor sair, evitando lascamentos. Também a utilização de argilas expandidas como agregado graúdo permite resistência maior ao fogo, pela dificuldade de obtenção do chamado cimento refratário ou aluminoso.

Devido a todos estes fatores que podem ocorrer em estruturas de concreto submetidas a altas temperaturas, é importante que um projeto apresente um bom layout, rotas de fuga bem posicionadas, ambientes compartimentados e escadas pressurizadas. Por mais adequado que possa ser um material anti-incêndio, a prevenção e os cuidados com equipamentos elétricos e de fácil combustão ainda é a melhor atitude para garantir a necessária segurança para o trabalho e o lazer da população.

Email da articulista: giovana.medeiros@cimentoitambe.com.br

Jornalista Responsável – Altair Santos MTB 2330 – Vogg Branded Content

23 de abril de 2010

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