A experiência é importante. Estar aberto a inovações, também

12 de agosto de 2008

A experiência é importante. Estar aberto a inovações, também

A experiência é importante. Estar aberto a inovações, também 150 150 Cimento Itambé

Além da experiência adquirida, é preciso estar atento aos novos elementos e aprender com eles

José Otto Segui Temporão - Gerente Jurídico da Itambé

José Otto Segui Temporão - Gerente Jurídico da Itambé

Recentemente participei de um simpósio no qual um dos palestrantes ressaltou, por diversas vezes, sua insatisfação por aprender tão pouco a partir da sua própria experiência. Vindo de tal pessoa, amplamente reconhecida no mundo empresarial e acadêmico por sua capacidade de inovação e gestão, tal afirmação foi razão de enorme inquietação, principalmente pela dificuldade de alcançar naquele momento, com precisão, todo seu significado.

Mas, enfim, de forma sucinta, como experiência e inovação se relacionam?

É fato que, desde a infância, a maior parte do aprendizado se dá a partir da experiência, mestre inseparável do desenvolvimento humano. Há, inclusive, teorias que estudam o aprendizado, demonstrando, estatisticamente, que em processos repetitivos, o tempo necessário para concluir uma tarefa será menor cada vez que ela for repetida, e que essa redução no tempo segue um padrão previsível, o que se denomina curva de aprendizado.

A possibilidade da transmissão de experiências anteriores de forma massificada, obtida após a criação da prensa tipográfica, foi uma das maiores alavancas para a evolução da sociedade. A partir de tal invenção, foi possível, de forma mais ampla, aproveitar o conhecimento de outras pessoas, retratado principalmente em livros, e, a partir daí, prosseguir, alcançando-se grandes avanços para a humanidade.

Atualmente somos testemunhas vivas de nova revolução em curso a respeito da forma como utilizamos o conhecimento. Esta revolução é proporcionada principalmente pela internet e por todos os mecanismos altamente inovadores dela derivados, como, por exemplo, os sites de busca, que identificam, em frações de segundo, milhões de informações que levaríamos talvez anos para selecionar, caso utilizássemos os instrumentos mais modernos disponíveis há pouco mais de uma década.

Apesar de vivenciarmos transformação de tal magnitude, por vezes somos levados a tentar resolver os desafios que se apresentam neste novo contexto de mundo com fórmulas e conceitos que outrora eram válidos, mas que para problemas atuais podem ser absolutamente ineficazes. Pensando em tal cenário, é interessante lembrar a famosa frase de Einstein, na qual “Os problemas significativos com os quais nos deparamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando eles foram criados.” (tradução livre).

Tal constatação não sugere, de forma alguma, abdicar da experiência já obtida, capaz de nos revelar padrões importantíssimos aptos a propiciar correções de rumos e efetivas vantagens competitivas. Indica, sim, a necessidade de, não obstante toda a experiência já acumulada, estar atento aos novos elementos, e a partir deles obter novos aprendizados.

Considerando ser a inovação – vista de uma forma ampla, não apenas relacionada a produtos e serviços – essencial para a sobrevivência de qualquer empresa, eis que sem ela, ser aniquilado pelo mercado será apenas uma questão de tempo, um dos maiores desafios que se apresentam é como alcançá-la, e, mais do que isso, como tornar a busca por inovação uma constante nas organizações, a fim de que seu futuro seja sempre promissor.

Apesar de tal resposta não ser nada simples, parece não ser possível atingir tal patamar se não houver nas organizações ambiente no qual inovação seja sinônimo de tentar e poder errar, aprendendo a partir do erro. Empresas que nada desejam mudar, talvez por receio do desconhecido ou por não aceitar a nova ordem, serão, sem dúvida, ultrapassadas por outras, que, sem medo de errar, alcançarão o que se tinha por inatingível, chegando lá primeiro e colhendo todos os frutos de sua ousadia.

Deve se ter claro, entretanto, que tais premissas não significam ousar de forma ingênua, sem uma estratégia a permitir que toda organização aprenda a partir dos seus acertos e erros, pois é necessário seguir adiante, inovando e provavelmente errando por muito mais vezes, mas sempre num patamar acima do anterior e, principalmente, à frente dos demais atores do mercado.

Referência:
Créditos: José Otto Segui Temporão – Gerente Jurídico da Itambé

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